VW Golf 4 TDI – Rui Augusto

última fase

Não é simples contar a história deste projecto baseado no VW Golf 4 TDI, mas ela está intimamente ligada à criação do tuning.online.pt. É normal dizer-se que as alterações começaram logo que se compra o carro, mas no meu caso começaram mesmo antes, com a aquisição de umas jantes 17’’, mesmo antes de ter o carro e com o inicio do planeamento das alterações que o carro iria ter.

O projecto evoluiu e passou por várias fases, foi também durante muito tempo uma montra do desenvolvimento que se fez em Portugal no tuning dos motores TDI, tendo sido cobaia para muitos testes de potência e muitas evoluções, que culminou com a evolução para biturbo, ultrapassando os 300cv, o que para um motor VP é extraordinário…

Durante este desenvolvimento a fiabilidade nunca foi um objectivo principal, mas sim o prazer de condução e a aceleração e reprises. Mas obviamente os problemas acontecem e o desenvolvimento do carro empancou em alguns problemas, difíceis de identificar, como foi o caso do problema do líquido de refrigeração e do limite dos materiais, como a pressão interna que se atingia. Muito provavelmente não terei outro carro que faça mais de 3.5bar…mas fica a saudade.

A decisão esteve praticamente tomada, meter de origem, arranjar algumas coisas que foram ficando danificadas pelas estadias na oficina e colocar à venda. A alternativa tinha sido trocar para motor PD e continuar a escalada de potência, mas não foi algo que me aliciasse muito, e depois tinha a pressão de ter sempre o carro parado.

Voltei a por o carro com o motor de origem e vendi muito do material que tinha. Durante esse processo e quando voltava a conduzir o carro, a vontade de não o vender aumentava, recusei algumas propostas e acabei por ficar com ele. Também foi sempre o que me aconselharam aqui no TOL.

Durante este processo, todo efectuado em 2012, o carro mudou para outro tipo de utilização. Adoptou outro estilo. Pude adoptar outro tipo de alterações que antes não podia ou eram incompatíveis. Como exemplo, o rebaixamento que o carro tem actualmente era incompatível com a potência e utilização que lhe dava anteriormente…

Tive que rever muitas coisas que estavam estragadas, danificadas e outras mudei porque eram desejo de algum tempo. O motor foi colocado novamente de origem. A suspensão Koni+Eibach foi trocada por uns coilovers, para permitir um rebaixamento adicional. Ao nível da suspensão foram realizadas algumas alterações interessantes. No eixo traseiro foram trocados os casquilhos de forma a conseguir rebaixar ainda mais. Na frente foi utilizado um kit para regular o camber e está com ligeiro camber negativo, necessário para melhorar o comportamento em curva, mas que acaba por funcionar visualmente.

As jantes são as Rial Daytona Race na medida 8.5×18 na frente e 9.5×18 na traseira. Os pneus são na medida 225/40 R18 em ambos os eixos. São umas jantes de excelente qualidade, uma escolha arriscada ainda em 2007 quando era muito complicado legalizar pneus, e não havia ainda em Portugal nenhum Golf com estas medidas.

Esteticamente o carro teve no ano de 2012 algumas alterações de pormenores. A grelha frontal passou a preta, foi substituído o espelho retrovisor do lado do condutor por um mais pequeno, foram colocadas as redes de origem do pára-choques do R32, etc. foram trocadas as ópticas frontais, etc.

O interior foi revisto também em 2012. Renovei muitas das peças estragadas, retirou-se o rubber touch, troquei os bancos frontais pelos da versão Sport Edition, foi colocado o rádio com navegação de origem. O restante manteve-se inalterado, com o destaque a ir para os vários componentes da versão R32 e os componentes gold-net optic.

Uma das áreas que foi melhor trabalhada no carro foi ao nível do comportamento. Para isso contribuem as barras estabilizadoras H&R, a barra anti-aproximação, os casquilhos Powerflex e o kit de regulação de camber frontal.

O upgrade aos travões foi uma das primeiras modificações efectuadas no carro. A escolha caiu sobre o conjunto do Audi TT, mas com discos Zimmermann na medida de 312mm perfurados, que em conjunto com as maxilas do TT proporcionam um bom poder de travagem. A resistência à fadiga foi melhorada com o óleo Ferodo Racing 5.1 e uns tubos de malha de aço da Galfer.

O carro atingiu praticamente o nível pretendido. Poderão ter ficado algumas modificações por fazer, eventualmente ao nível do interior. Foi realizada também uma excelente sessão fotográfica, com o David Ribeiro, que produziram grande parte das excelentes fotos aqui partilhadas.

Características Técnicas