O Filtro de Partículas, até aqui tecnologia reservada aos motores Diesel, vai passar a ser obrigatório nos motores a gasolina, a partir de setembro de 2017. O objetivo é óbvio: reduzir as emissões de gases poluentes.


A medida, determinada pela União Europeia, faz parte da chamada norma Euro 6c, que impõe uma redução das partículas emitidas pelos motores a gasolina para um décimo dos valores atuais.
Este é um forte revês para os fabricantes, que esperavam que a introdução fosse adiada para 2019, e a ACEA (Associação de Fabricantes de Automóveis na Europa) já veio dizer que o tempo para proceder a esta alteração é demasiado curto.
A Comissária responsável por esta área, Elzbieta Bienkowska, explicou que “os fabricantes devem começar já a desenhar os seus automóveis para emissões de partículas mais baixas, e introduzir os filtros necessários nos carros a gasolina que são já amplamente utilizados nos diesel”.
A origem da decisão está, além da possibilidade de voltarem a surgir softwares de alteração de emissões, o facto dos novos motores a gasolina com injeção direta emitirem, segundo estudos, dez vezes mais partículas nocivas do que os motores mais antigos.
Atualmente, o único modelo a gasolina que utiliza Filtro de Partículas é o Mercedes S500, o que acontece desde 2014, embora a marca alemã já tenha confirmado que irá introduzir gradualmente esta tecnologia noutros motores.
Também o Grupo Volkswagen anunciou que irá equipar, progressivamente, os motores TFSI de filtros de partículas, a partir de meados do próximo ano.