Mais uma vez desloquei-me à sede da Honda na Abrunheira para levantar aquele que foi o meu segundo
veículo da marca. Nada mais, nada menos que um Honda Civic 1.8.

Já sei que esteticamente, este modelo gera opiniões bem diversas, mas na verdade sempre achei este
Civic muito atraente e agressivo, espelhando bem a raça desportiva que a Honda quis colocar à
disposição dos seus clientes.

Assim que entramos dentro do moderno Civic, ficamos completamente estupefactos, com o aspecto
galáctico do painel. De facto todas as pessoas a quem mostrei o Civic, partilharam da mesma opinião e
posso garantir que nos primeiros quilómetros não conseguimos tirar os olhos do atraente painel em tons
de azul. Todo o tablier é externamente agressivo e bem concebido, marcando a diferença no segmento,
devido à qualidade de construção de todos os componentes. A posição de condução é confortável e é
suficiente desportiva para dominar o Civic, quando solicitado por uma condução mais exigente. Também nos cromados e pedais, o estilo Racing está bem vincado, de uma forma harmoniosa, influenciando o
resultado final.

Colocando o motor em marcha, rapidamente percebemos onde estamos e isso fez-me subir
imediatamente as pulsações. Ultimamente tenho utilizado viaturas com motorizações Diesel, que como
todos sabem, não despertam nem transmitem a agressividade das motorizações a gasolina. O motor 1.8
faz-me parecer que estou sentado na minha Honda CBR 600 RR, tal não é o seu apetite por rotações.
Em marcha o Civic tem um comportamento exemplar. Confortável mas ao mesmo tempo com um
excelente desempenho na estabilidade e velocidade em curva. Já quando no Autódromo do Estoril tinha
experimentado o Type R, fiquei muito impressionado com o chassis e na forma rápida e decidida que
percorria as curvas.

O motor é bem divertido, solicitando sempre os regimes altos, o que faz de cada deslocação ao
Supermercado uma alegria. É sem dúvida neste regime que o Civic se sente bem e nós também, pois
tudo é mais divertido. No entanto em andamento moderado o motor 1.8 corresponde exemplarmente às
necessidades, com um binário mais do que suficiente para ultrapassar todas as dificuldades do dia-a-dia.
Para parar o Civic os travões cumprem a sua tarefa na perfeição, com um excelente “tacto” do seu
trabalho.

Muito positivo também foram todos os comandos sem excepção. O Civic é um carro que não precisa de
adaptação. Rapidamente nos sentimos familiarizados com este pequeno japonês.
Nota Dez para fantástica mala que me permite colocar uma bicicleta, sem retirar rodas. Na verdade é
pouco comum num carro deste segmento e assim torna o Civic bastante prático, como meio de transporte
para actividades ao ar livre e desporto.