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Botas&Botas
Viva
No post binário motor (1) gasolina, fizemos referência ao efeito da pressão de combustão na subida do binário.
Neste post e como prometido, aqui estão os cálculos e a informação, como mais um milímetro no diâmetro do pistão, melhora significativamente o binário.
Partimos dos seguintes dados: Pistão inicial com 75 mm de diâmetro para uma pressão de combustão de 70 kg/cm2.
Com estes dados obteríamos uma força sobre a alavanca da biela de 3091,921 kg/f, por cada combustão.
Pistão de 76 mm de diâmetro, para a mesma pressão de combustão de 70 kg/cm2.
Com este novo pistão obteríamos uma força sobre a alavanca da biela de 3174,922 kg/f, por cada combustão.
Calculando a diferença, o pistão com mais um milímetro de diâmetro melhorava o trabalho em mais 83 kg/f por combustão.
Sabemos que para uma rotação média de 3500 rpm, o motor realiza 1750 ciclos de trabalho por minuto, equivaleria a dizer que se produzia por minuto mais 581.000 kg/f de trabalho.
Como a potência é o produto do trabalho realizado na unidade de tempo, o segundo (s), daqui se deduz que melhoraríamos igualmente a potência.
Outras conclusões se poderia tirar, mas penso que esta pequena alteração demonstra bem o quão importante se podem tornar um conjunto de pequenas transformações.
Fórmulas utilizadas: Tendo a pressão, multiplicamos pela área e chegamos á força realizada.
Quilogramas força conseguidos, cada 720 graus da cambota o motor realiza um ciclo de trabalho, para as 3500 rpm, realizou 1750 ciclos, se em cada ciclo melhorou 83 kg/f, multiplicando este valor pelos quatro pistões e pelos 1750 ciclos chegamos ao incremento de trabalho realizado.
No post (3) iremos calcular o incremento de trabalho, quando se aumenta o braço de alavanca da cambota.
Nota: foram desprezadas as percas por atrito, devido a serem diminutas para mais um milímetro no diâmetro.
Até breve
A.Botas