Ricardo,
O ideal é ter um carro que não dê problemas e que gaste pouco
Se o que andas à procura é de um motor para ganhar picanços... talvez seja melhor pensares antes em modificar um bom motor de origem para ir fazer parvoices para a estrada... mas isto sou eu só eu a resmungar.
Tenho de admitir que me faz muita confusão saber que há gente que pensa no carro unicamente para dizer que anda mais que o carro que vai ao lado. E que nem sequer se dá ao trabalho de perceber muito bem o que leva nas mãos...
Deixando para trás as minhas filosofias e respondendo à tua questão:
As vantagens de um turbo de geometria variavel são as de conseguir entrar em funcionamento muito mais cedo que um turbo convencional.
De qualquer forma, acho que não te fazia mal nenhum procurar informação na internet
Aqui tens uma explicação mais detalhada:
Os turbos convencionais têm o inconveniente de que a baixas rotações do motor o rodete da turbina apenas é impulsionado pelos gases de escape, pelo que o motor se comporta como se fosse atmosférico. Uma solução para isto é utilizar um turbo pequeno de baixa pressão que comece a comprimir o ar aspirado pelo motor desde rotações muito baixas, mas isto tem um inconveniente, é que a altas rotações do motor o turbo de baixa pressão não tem capacidade suficiente para comprimir todo o ar que necessita o motor, por tanto, a potência que ganhamos a baixas rotações vamos perde-la em altas. Para corrigir este inconveniente procurou-se a solução de dotar uma mesma máquina “sopradora” da capacidade de comprimir o ar com eficácia tanto a baixas rotações como em altas, para isso desenvolveram-se os turbo-compressores de geometria variável.
Funcionamento
O turbo TGV (Geometria Variável) diferencia-se do turbo convencional pela utilização de um prato ou coroa no qual estão montados umas aletas moveis que podem ser orientadas (todas em conjunto) num ângulo determinado mediante um mecanismo de vareta e alavanca empurradas por uma cápsula pneumática, sistema parecido com o utilizado na Válvula Wastegate
Turbos de geometria variável (TGV)
Para conseguir a máxima compressão do ar a baixas r.p.m. devem fechar-se as aletas já que diminuindo a secção entre elas, aumenta a velocidade dos gases de escape que incidem com mais força sobre as pás do rodete da turbina (menor Secção = maior velocidade). Quando o motor aumenta de r.p.m e aumenta a pressão no colector de admissão, a cápsula pneumática detecta-o através de um tubo ligado directamente ao colector de admissão e transforma-o num movimento que empurra o sistema de comando das aletas para que estas se movam para uma posição de abertura que faz diminuir a velocidade dos gases de escape que incidem sobre a turbina (maior secção = menor velocidade).