O catalisador, ou conversor catalítico, é uma peça extremamente sofisticada, desenhada pra tirar vantagem da química e física básica para eliminar uma grande parte das emissões poluentes do veículo. Trata-se assim de um componente essencial do sistema antipoluição de um automóvel, que embora fiável, também pode avariar. A sua principal vantagem é assim no combate à poluição. O grande defeito é o seu custo.
Funcionamento do catalisador
Um catalisador funciona como um acumulador de calor. É constituído por vários favos revestidos de um filme de metais precisos como platina e rádio. Estes favos cerâmicos estão no interior de uma cápsula selada e protegidos por isolamento. Pouco depois de o motor entrar em funcionamento, a temperatura do catalisador pode atingir os 400ºC e quando atinge esta temperatura, dá-se uma reação química com os gases de escape, reagindo sobre os gases tóxicos e transformando-os em gases menos prejudiciais.
Como não tem peças moveis, em teoria o catalisador deveria durar o mesmo tempo que o automóvel. O catalisador é uma das peças mais fiáveis de todo o sistema de motor. No entanto pode em determinadas situações ter que ser substituído. Uma falha no catalisador pode significar uma falha no motor. Assim, mesmo que substitua o catalisador, deve também solucionar o problema que levou à sua avaria. Se não se solucionar esse problema, mais cedo ou mais tarde o novo catalisador também se danificará.
Porque que é que os automóveis devem estar equipados com catalisador?
Um motor em funcionamento óptimo libertaria apenas dióxido de carbono (CO2) e vapor de água (H2O). Mas, na realidade, o motor não tem tempo para queimar todo o combustível que é injectado para os cilindros, produzindo, por isso, os seguintes gases tóxicos: monóxido de carbono (CO), monóxido de azoto (NOx) e partículas de hidrocarbonetos (HC). O catalisador converte os gases tóxicos acima referidos em azoto molecular (N2), vapor de água (H2O) e dióxido de carbono (CO2). As percentagens de redução dos gases tóxicos, garantidas pelo catalisador, podem atingir cerca de 90%.
Causas de avarias no catalisador
Tal como foi referido, uma avaria no motor pode obrigar à troca do catalisador. Normalmente essa avaria estará relacionada com um dos seguintes aspetos.
O Motor desafinado
Muitas das avarias que acontecem com o catalisador são devidas ao motor que precisa de uma afinação. Outros problemas comuns, são uma mistura ar combustível incorrecta, velas de ignição sujas ou sistemas de distribuição dessincronizados. Estes factores fazem com que o combustível não seja queimado completamente nos cilindros. Nestes casos, o combustível pode passar para o sistema de escape e queimar-se em contacto com o catalisador. Como resultado, o componente sobreaquece, o que pode levar a que a cerâmica catalítica se derreta.
Presença de combustível na linha de emissão
A presença de gasolina na linha de emissão, devido a injectores avariados ou com defeito podem ser outra das causas para a avaria do catalisador. Uma falha do detector de oxigénio, pode também afectar a mistura ar combustível, que pode ser muito rica ou muito pobre. No primeiro caso, o conversor catalítico pode derreter. No entanto, se a mistura for muito pobre, pode não ser possível ao catalisador converter os hidrocarbonetos em compostos inofensivos.
Impactos
O interior de um catalisador é constituído por um material leve, fino, altamente frágil. Uma cobertura isolante espessa proporciona uma protecção contra impactos. No entanto, o impacto de rochas ou detritos atirados contra o catalisador, ou choques em virtude de buracos ou uma condução todo-o-terreno, ou mesmo um fixador partido, podem todos levar à quebra do catalisador. Uma vez a cerâmica catalítica partida, bocados soltos chocalham uns contra os outros e despedaçam-se. O fluxo das emissões é interrompido, levando a um aumento da pressão no interior, o que causa perda de potência e sobreaquecimento.
Combustível errado
A utilização de gasolina com chumbo inutiliza irremediavelmente o catalisador. Neste caso, os danos são quase imperceptíveis sem a análise mais detalhada dos gases de escape, já que o carro não sofre alteração aparente no seu funcionamento. O mesmo se poderá passar se forem adicionados aditivos o combustível com chumbo.
Substituição do catalisador
Sendo o catalisador obrigatório, a sua manutenção em bom funcionamento também é obrigatória. Em caso de mau funcionamento do catalisador, o veículo não passará na IPO (Inspecção Periódica Obrigatória).
Nos carros com motor diesel, também é necessário o catalisador, neste caso para diminuir e eliminar grande parte das partículas de fuligem e os óxidos de azoto e de enxofre.
Remoção do catalisador
Outro aspecto a ter em conta, é a eliminação do catalisador do sistema de escape quando equipa o automóvel de origem. Este procedimento é ilegal, estando, por isso, sujeito a multa. Num carro a diesel a sua remoção não tem grandes problemas, contudo num carro a gasolina a remoção obriga a várias alterações.
Catalisador de alta performance
Algumas empresas vendem catalisadores de alta performance. Normalmente estes são de 100 CPI (celulas por polegada) ou 200 CPI. Tipicamente um catalisador de origem tem 600 ou 400 CPI. Carros com turbo normalmente beneficiam mais desta alteração. Mas nem todos são iguais. É possível aceder a alguns testes na internet que mostram que os ganhos podem variar muito.